Para meu avô, Oswaldo.
Que encontrou o amor, no momento em que desistiu da guerra.
Ouço os passos do
matador, coragem, verdade, honra. Jamais olhar pra trais. Ser mais forte que o
ódio, achava que nada podia ser mais forte que o ódio.
Da simplicidade e de
todo rompimento com o ódio é que nascem os mais lindos artistas.
Sobreviver, vencer,
perder, sempre me faz forte.
Acima o céu é azul,
tudo aqui é cinza, mais não menos belo, os caminhos secos e de terra, e sempre
temos que escolher para que lado seguir.
Quem nasceu primeiro a
beleza ou o amor?
E sobre voar?
Seria tão simples se
fosse mais leve, mais sóbrio, mais falho.
Isso porque amamos
almas que dançam, sorrisos que ecoam música.
E se todos tem uma
sina, que essa seja prazerosa e gloriosa.
E que seja breve a
cegueira dos homens de coração duro, que não mudam quando cai a chuva.
Chumbo quente
dilacerando seus corpos, Caatinga e sangue, separando, desarmonizando.
Aprenderemos com
nossos antepassados, ouçam os passos dos matadores de tempos passados.
– Com um olho virado
para o chão e o outro virado para o Sol, matei meu irmão, e acabei cego.
Agora, só ouço o mar,
não ecos e passos. Só o mar.