segunda-feira, 20 de julho de 2009

Sonho, história ou estrada?


Observo as pessoas, a sociedade, as cenas do cotidiano, quando realmente paramos para observar da pra perceber a missão de cada um. É preciso  perceber. Onde as pessoas estão indo?
Hoje uma cena me marcou, enquanto esperava dentro do carro na plataforma superior da rodoviária de Brasília, uma mulher limpava o chão da rodoviária acompanhada por seus dois filhos, dava pra ver a expressão foda que eles tinham no olhar, dava pra ver na cara a dignidade que a mãe ensinou. Pensei em um filme, pensei neles daqui a dez anos e vi uma possibilidade, vi uma saga, vi um livro. Mulher raçuda dá sempre uma boa história, é lindo, e sempre me encanta.
Quando comecei a estudar interpretação, direção, teatro, cinema, a primeira coisa que aprendi foi a observar. Observar é uma arte, Quando observamos adquirimos cultura, ampliamos nosso repertorio imagético, gestual, surgem possibilidades e criamos histórias, muitas histórias e nem todas vamos conseguir contar.
A foto que ai está tirei na volta de uma viajem ao sul da Bahia, tirei a foto com o carro em movimento sem preparar muito o foco, a luz ou a velocidade da câmera, mas conseguia ver a imagem e ela ficou exatamente como imaginei, eu sabia que jamais veria aquela menina, sentada na frente da casa do lado da estrada, mas sabia que ela seria uma história, uma história que eu conheceria e as histórias não morrem, filmes e discos queimam, quebram, dissolvem-se, as histórias são para sempre. Isso foi há dez anos atrais.

Um comentário:

  1. Gil muito legal o teu post.
    Realmente observar as coisas, as pessoas, suas ações, observar o mundo... é o que há de mais simples, porém intenso, como as cenas que tu descreve aí.

    Beijos enormes e, FELIZ DIA DO AMIGO!!!
    ^^

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