quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Desafinados
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
TULIPAS
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
A pedra do reino
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Espasmos e Fragmentos – A montagem - aula 2
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
O fotômetro - Aula 1
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Transformar.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Sonho, história ou estrada?
quinta-feira, 25 de junho de 2009
O PREGO
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Crescer
terça-feira, 16 de junho de 2009
Mais uma sobre mulheres.
Existem mulheres que não tem tempo para serem fracas, vão caminhando, vão mantendo a ternura, o sorriso claro sem tempo para hipocrisias ou mentiras, a meta é colecionar sentimentos nobres eles valem mais pontos, nos dias difíceis. Primeiro os filhos, depois a pele, diz sim se for intenso, porque a boca é qualquer coisa entre o céu e a terra. Serenas, falam pouco, ouvem mais, a tonalidade e o brilho das peles refletem a saúde, tudo cheira bem, aconchego para os que voltam pra casa. Vou vivendo, esperando, abraçando, respeitando o tempo, aprendendo a educar, criar, amar, pra ela me admirar, vou desejando bom dia, boa tarde, boa noite, deixo-a entrar, vou embora quando chega minha hora, tenho varias músicas pra mostrar e alguns meses pra partir, quero levar essa qualidade de vida pra manter-me vivo quando estiver longe, em um lugar frio.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Às cinco da tarde.
O filme às cinco da tarde é uma obra prima, o olhar de uma mulher (Samira Makhmalbaf) Contando a historia de outra mulher castigada por um sistema político cruel, sangrento e insano. Lugares como o Afeganistão, onde o filme se passa, me dão a impressão que ali, “até Deus morreu”. Não sou cético, não são palavras minhas. Só que às vezes vejo muito mais esse Deus em algumas mulheres, no amor que sinto por elas. Depois do filme deu-me vontade de pedir perdão para todas as mulheres que fiz sofrer, que deixei, que não as amei como deviam ser amadas. Queria poder dizer que não fiz por mal, é o desespero de fazer a diferença que me consome, não é por vaidade, mas pra melhorar a qualidade de vida a minha volta.
Lembrei de uma feminista que conheci em uma noite que nunca teve fim pra minha alma que ainda deseja amá-la como se fosse minha ultima chance. Seu jeito de encarar as coisas, que para muitos parecem simples e a sua fidelidade aos seus ideais. Mudaram a imagem estereotipada que tinha das feministas, o toque suave da minha boca na sua pele rosa, ainda me fazem sentir como se tivesse cinco metros de altura e fosse invencível. Alem da minha filha, Ela era a única pessoa que gostaria de abraçar e ver esse filme, nesse domingo só, como os abrigos improvisados do Afeganistão.
Espero que Deus esteja vivo.
Às cinco horas da tarde
Federico García Lorca
Eram cinco da tarde em ponto.
Um menino trouxe o lençol branco
às cinco horas da tarde.
Um cesto de cal já prevenida
às cinco horas da tarde.
O mais era morte e apenas morte
às cinco horas da tarde.
E o óxido semeou cristal e níquel
às cinco horas da tarde.
Já pelejam a pomba e o leopardo
às cinco horas da tarde.
E uma coxa por um chifre destruída
às cinco horas da tarde.
Os sons já começaram do bordão
às cinco horas da tarde.
As campanas de arsênico e a fumaça
às cinco horas da tarde.
Pelas esquinas grupos de silêncio
às cinco horas da tarde.
E o touro todo coração ao alto
às cinco horas da tarde.
Quando o suor de neve foi chegando
às cinco horas da tarde,
quando de iodo se cobriu a praça
às cinco horas da tarde,
a morte botou ovos na ferida
às cinco horas da tarde.
Às cinco horas da tarde.
Às cinco em ponto da tarde.
Um ataúde com rodas é a cama
às cinco horas da tarde.
Ossos e flautas soam-lhe ao ouvido
às cinco horas da tarde.
Por sua frente o touro já mugia
às cinco horas da tarde.
O quarto se irisava de agonia
às cinco horas da tarde.
A gangrena de longe já se acerca
às cinco horas da tarde.
Trompa de lis pelas virilhas verdes
às cinco horas da tarde.
As feridas queimavam como sóis
às cinco horas da tarde,
e as pessoas quebravam as janelas
às cinco horas da tarde.
Ai que terríveis cinco horas da tarde!
Eram as cinco em todos os relógios!
Eram cinco horas da tarde em sombra!
quarta-feira, 20 de maio de 2009
BOB O GATO
Só não consegui que Bob o gato se desse bem com os calangos e pássaros. Os passarinhos que faziam seus ninhos na parreira se mudaram e dia sim, dia não tínhamos um corpo estirado no chão, de um pobre calango, mortes essas que com o tempo foram afetando a cadeia alimentar do meu pequeno eco sistema de oitocentos metros quadrados, aumentando consideravelmente a população de insetos.
Bob o gato foi embora e me deixou a difícil tarefa de ensinar minha filha a Maria Júlia a entender a perda. Antes de contar para ela o fato, fiquei em duvida se contava as possibilidades reais do desaparecimento do Bob, como assassinato, atropelamento, virar churrasquinho, pandeiro, ou se eu inventava uma história bonita e leve que a deixasse feliz com o novo destino do bicho. Bem optei pela segunda opção, contei para Maria que o Bob tinha arranjado uma namorada, uma gatinha cinza que morava ali perto e que eles tinham resolvido viver juntos. Às vezes eu brinco que ele passou em um concurso e se prepara para financiar um imóvel pela Caixa Econômica Federal.
Não sei se faço bem escondendo a verdade dos fatos para minha filha, talvez eu esteja enfraquecendo-a para o mundo, deixando seu coração mole, leve demais. Mas a onde esta escrito que temos que ser fortes o tempo todo, a hora dela de ser forte vai chegar, eu só posso tentar dar-lhe ferramentas, como justiça, saúde e inteligência, para enfrentar o mundo. É quase tudo que ela precisa.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
MAR ADENTRO.
NO CENTRO NO MEIO DO CANTO.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
SUAS MÃOS, OS ANTI-HERÓIS E O BREU.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
A tribo de dois.
Isso é fato. Hipócrita quem diz que não precisa e não quer ter dinheiro.
O importante é saber quem você vai ser depois do dinheiro.
Quero ter dinheiro e estou batalhando todo dia pra isso, porque eu quero ter liberdade, não quero dinheiro para ostentar e consumir desesperadamente.
Minha liberdade está em aprender varias línguas, conhecer outras culturas.
Construir um espaço cultural no Recanto das Emas ou em Samambaia, ou em Santa Maria no DF.
Uma escola profissionalizante em artes, filmar meus vários roteiros sem precisar de dinheiro público.
Fazer cursos no mundo inteiro, de teatro, dança, música, cinema, pintura, escultura, desenho.
Conseguir a guarda conjunta da minha filha e participar mais ativamente da sua educação, passar mais tempo com ela e explicar porque o céu é azul, porque o catchup é vermelho e a mostarda é amarela.
Ajuda-la a cuidar do cachorro, ficar na piscina a tarde inteira, brincar de guerra de mangueira, sair pra comprar colar de miçanga e pulseira de couro, andar de trem, avião, cavalo, navio, charrete, caiaque, canoa, pedalinho, helicóptero, bicicleta e kart.
Fazer filme, teatro, capoeira, música, dançar no domingo depois do almoço, ver o sol se pôr na Grécia e dormir ouvindo o barulho do mar em algum lugar do Atlantico ou do Pacifico.
Sem generalizar, viramos reféns de bancos e administradoras de crédito, arranjamos dois ou três empregos e bicos e funções extras e não temos mais tempo de estar com as pessoas que amamos e necessitam da nossa presença.
não podemos largar tudo e viver mais perto do Mar, porque não somos livres, sem generalizar.
https://youtu.be/NUTQjeJKo6I